quinta-feira, 8 de março de 2018

O oligopólio do grupo Sousa no Caniçal

Enquanto o famoso armador grego Aristóteles Onassis possuía uma ilha chamada Scorpios a armador  Luís Miguel Sousa (o maior de Portugal) também possui uma ilha chamada Madeira. Que inclui o próprio governo Regional, a maior parte dos juízes da comarca da Madeira incluindo o seu juiz-presidente.  Sem esquecer  a  quase totalidade dos magistrados do MP. Também estão no bolso  do magnata os principais órgãos de comunicação social  do arquipélago assim como até (imaginem!) a maioria dos partidos da chamada Oposição na Assembleia Legislativa da Madeira.

17:00 horas - Chegada do navio Lagoa do operador Transinsular (concorrente).As operações de descarga do navio começam com as únicas duas gruas móveis de movimentação vertical disponíveis (poderiam ser três mas a terceira encontra-se avariada desde Fevereiro).
18:00 horas - Chegada do Navio Funchalense 5 do operador Empresa de Navegação Madeirense (Grupo Sousa).
As operações e equipamentos de descarga do navio Lagoa são totalmente desviadas para servir o navio Funchalense 5. Sem justificação além do facto do "Dono Disto Tudo" exigir que todos os meios sejam aplicados nos seus navios.
Todos os outros esperam e não há regras de chegada, simplesmente pára tudo primeiro os Sousas logo que cheguem! Esta atitude levou a que o navio Lagoa fosse obrigado a utilizar as suas próprias gruas - mais limitadas - para a conclusão da descarga. O Grupo Sousa tem literalmente a chave da casa de banho do Caniçal, e faz questão de chantagear com isso toda a concorrência que possa aparecer.
Mas pouca vergonha não se ficou por aqui, e no meio da carga do Navio Funchalense vieram 12 cisternas de JET A-1 (combustível para aviões) para o Aeroporto da Madeira, para remediar o problema do petroleiro, que foram "jogadas" para o meio dos restantes contentores parqueados - o habitual de quem costuma fazer o mesmo com as cisternas de gás (link para texto da Gaslink).
Após intervenção da Polícia Marítima, lá o operador mudou a localização das cisternas para a ponta do cais sul do Porto do Caniçal (o cais que apresenta danos estruturais) ficando sem qualquer vigilância.
A gasolina para a aviação, JET A1, não é uma qualquer desde logo porque mantém os aviões no céu. Seu trato da produção até a utilização deve respeitar várias regras desde logo manter as suas características e qualidade sem contaminação. O mesmo que o Gás Natural já sobejamente abordado.Terá a ANA ou mesmo APRAM conhecimento destes procedimentos? Com tanta preocupação com a segurança aérea, serão estes procedimentos de armazenagem infalíveis a qualquer curioso que se aproxime por mar com más intenções? A constante procura pelo lucro fácil, com investimento zero, em mercado monopolizado, é desculpa suficiente para o desleixo?
As conversas de Albuquerque, com o permanente adiamento na resolução do problema dos Portos da Madeira vai com 3 anos de mandato sem cumprimento da promessa. A sua extensão até ao limite eleitoral visa segurar Eduardo Jesus na Assembleia, do qual depende a maioria do PSD-M? Para depois apresentar algo difícil de se perceber na prática no fim do mandato? É bem capaz de ser um "embrulho eleitoral" a calcular pela influência negativa do Grupo Sousa na situação do ferry e pelo que se vê na gestão dos portos. (Correio da Madeira)




1 comentário:

  1. Ó Coelho estás é invejoso. Queres é ser como ele. Querias querias querias

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