terça-feira, 15 de novembro de 2016

A verdadeira história de Rui Alves o "quinhentos"

padre Mário Tavares Figueira

 Decorria o ano de 1996,realizavam-se eleições autárquicas e o Padre Tavares era o candidato da CDU à CMF e Rui Alves integrava pela segunda vez a lista de Miguel Albuquerque à autarquia funchalense.

 Mário Tavares sabia da prática de Rui Alves enquanto vereador das Obras na CMF: Exigia abusivamente 500 contos a cada munícipe que quisesse ver aprovado na Câmara, qualquer projecto de construção.

 Mário Tavares como não pactuava com atos de corrupção denunciou essa situação publicamente sem citar o nome do vereador Rui Alves (apenas falou no vereador das obras o que foi dar ao mesmo).Referiu pela primeira vez a história do "quinhentos". 

 A coisa pegou a partir daí e a história espalhou-se pela cidade e circulou de boca em boca e lá Rui Alves, até hoje foi baptizado pelo "quinhentos".A coisa como era de esperar levou Rui Alves a reagir intempestivamente com bastante indignação para os tribunais com um processo de difamação contra o padre Mário Tavares. 

 Guilherme Silva e Coito Pita eram os advogados de Rui Alves e Rui Nepomuceno era o advogado do padre Tavares. João Lizardo e Ricardo Vieira voluntáriamente ofereceram-se como testemunhas do padre. Rui Nepomuceno receando uma mais que provável condenação do seu constituinte, usando o seu poder de persuasão lá convenceu Coito Pita e o Guilherme Silva a chegarem a um acordo amigável, negociando o arquivamento do processo com o pagamento por parte do padre Tavares das custas do mesmo.

 Mário Tavares, recusou confiando no chamado pai-natal (isto é: pensando que os senhores juízes eram pessoas de bem e que iriam investigar a corrupção e o oportunismo de Rui Alves). Voltou a recusar depois dos apelos de bom senso dos advogados João Palla Lizardo e Ricardo Vieira.

 Padre Tavares volta a ser intransigente dizendo:«eu quero ir a julgamento. Os meus punhos nunca pegarão numa caneta para a capitulação de um processo em que está em causa a conduta de um corrupto!»

 Rui Nepomuceno vendo o perigo da condenação do padre resolveu por sua conta e risco  (e uma vez que tinha a procuração de Mário Tavares) assinar o acordo para pôr fim ao processo sem o padre saber.

 Rui Nepomuceno estava mais que convencido que se não assinasse o acordo contra a vontade do padre, o cenário mais provável era o  ordenado do seu constituinte na qualidade  de deputado da CDU assim como  a sua futura reforma caírem na íntegra nos bolsos de Rui Alves o nosso "quinhentos". 

 O padre Tavares ficaria o resto da vida a pagar dinheiro ao "quinhentos" condenado num processo de difamação.

Moral da breve história como outrora dizia o Felipe la Féria: com a lei da rolha (art.º 180 do Código Penal) nas maõs de juízes fascistas ligados ao sistema, sai muito caro denunciar corruptos e ladrões de colarinho branco no nosso país!



 Rui Alves o "quinhentos"

 Rui Nepomuceno

 Coito Pita

 Guilherme Silva

Ricardo Vieira

Sem comentários:

Enviar um comentário