sexta-feira, 23 de setembro de 2016

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Homem acusa agentes da PSP de agressão no arraial da Piedade

Um homem acusa os agentes da Equipa de Intervenção Rápida (EIR) da Polícia de Segurança Pública (PSP) de agressão, na madrugada do último domingo, durante o arraial da Senhora da Piedade que decorreu no Caniçal. Nesse sentido, formalizou queixa na Esquadra de Machico contra os agentes envolvidos e promete levar o caso até às últimas consequências.Luís Sousa alega que foi agredido “sem ter feito nada”, quando tentava “socorrer um amigo”. Segundo o queixoso, tudo aconteceu quando esse amigo estava “apenas a falar” com um outro indivíduo, após um desentendimento. Entretanto, acrescenta, o filho desse seu amigo saiu correndo do local e, no meio da confusão, os agentes da EIR “começaram a lhe dar nas pernas e nas costas”. Na sequência disso, o pai “correu para proteger o filho, jogou-se para cima dele, protegendo-o com o seu próprio corpo”, acabando por “apanhar [golpes] nas costas” dados pelos agentes.Nessa altura, adianta o queixoso, “fui tentar socorrer o meu amigo, dizendo aos senhores guardas, já basta, já chega”. Entretanto, acrescenta, “vieram dois ou três guardas atrás de mim, começaram a largar-me nas pernas, na cabeça, nos braços, nos ombros”. Luís Sousa diz ter testemunhas de que ficou “de braços abertos, com as mãos levantadas para o ar”. Além disso, adianta que não agarrou em nenhum agente. “Eu sei que não posso agarrar quando eles estão a intervir”, acrescenta, deixando claro que não estava alcoolizado.E adianta que os agentes “só pararam quando chegou um polícia à civil, identificou-se e disse ‘basta’. Aí recuaram e pararam”. E acrescenta que há vídeos e fotos a comprovarem o que aconteceu e que serão “entregues às entidades competentes”, ou seja ao Ministério Público.O indivíduo adianta ainda que quando foi à Esquadra de Machico participar da agressão, ouviu uma explicação que o deixou incrédulo. “Disseram-me isto: você tem de compreender que é grande, os polícias talvez ficaram intimidados e viraram-se para você. Mas se for assim, toda a gente que é grande levava porrada. Estou a pagar o preço por ser grande? Mas eles são polícias e sentem-se intimidados por alguém ser grande? Eu não fui bater em ninguém, apenas fui falar”, acrescenta, sublinhando que “é a primeira vez que me meto numa confusão, que tenho problemas com a justiça”. Luís Sousa adianta ainda que a população que estava na festa “ficou revoltada, porque viu-me no meio de sete agentes a apanhar com um bastão em ferro”, mas diz que “ninguém atirou copos ou garrafas” à polícia.O queixoso foi assistido logo após os incidentes no Centro de Saúde de Machico, para onde foi transportado de ambulância, tendo-se deslocado na quarta-feira ao Gabinete de Medicina Legal do Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde foi alvo de perícias por parte de um médico. Apresenta dois cortes na cabeça, aos quais foi suturado, um hematoma num olho e num maxilar, um dente partido, mazelas num braço, numa perna e nas costas. “E estive dois dias sem conseguir comer”, regista.Recorde-se que, como o DIÁRIO noticiou na edição de segunda-feira, dois agentes da PSP tiveram de receber assistência hospitalar, depois de terem sido atingidos por objectos arremessados por alguns indivíduos, no decurso desta intervenção policial no arraial da Senhora da Piedade. (diário)

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