segunda-feira, 4 de julho de 2016

Padre da Santa do Porto Moniz contra os meninos queques do Governo que prejudicam os agricultores

Padre irrita Albuquerque: “Salvador está no céu”

“Não há salvadores na terra. O Salvador está no céu”. A declaração tem um carácter religioso mas foi proferida pelo presidente do Governo Regional, na Feira Agro-Pecuária. Uma resposta que surgiu no seguimento do discurso na homilia da missa campal do pároco Ricardo Freitas que criticou a actual legislação comunitária, e que na sua opinião compromete o desenvolvimento da actividade agrícola madeirense e condiciona fortemente os agricultores. As palavras do sacerdote tornaram-se mais incisivas quando afirmou existirem uma “imposição de leis quase ditatoriais” que ajudam a “alimentar lóbis”, acusou, tendo muito próximo de si o chefe do Executivo madeirense e ainda o secretário regional da Agricultura e Pescas que posteriormente

entregariam prémios aos melhores agricultores.
Mas o padre da paróquia da Santa do Porto Moniz disse que tinha “pedidos a fazer”, aliás como sempre faz desde há “seis anos” a esta parte, altura que passou a ser padre da paróquia. E fez. Pediu para que sejam dados “sinais aos agricultores” madeirenses, sobretudo para que sejam minimizadas as dificuldades de homens e mulheres que vivem do sector primário, não perdendo tempo em ‘picar’ as “pessoas que estão no Funchal e que não conhecem a realidade” agrícola nem da pecuária.

Miguel Albuquerque ouviu e não deixou de dar resposta. No seu habitual estilo, dirigiu-se ao público que resistia à chuva miudinha que caía sobre a localidade lembrando algumas promessas lançadas por si aquando da sua campanha eleitoral. “Vacas limusine”Foi o caso dos melhoramentos da Feira, investimento que terá continuidade na modernização do espaço, vincou, foi ainda a construção da escola agrária que surgirá em São Vicente, foi também a unidade de processamento da banana, na Ponta do Sol, que terá capacidade de processamento de 80 toneladas por dia, e foi igualmente a estação zootécnica, curiosamente próximo do local onde falava e onde estão previstas o desenvolvimento de “vacas limusine”. Antes lembrara a aprovação dos planos estratégicos do maracujá, da banana, da anona e da agricultura biológica, e não esqueceu os “bom ano” para a cana-de-açúcar e o “ano excepcional” de produção de banana 
Para que tudo isto seja possível, recordou um pacote generoso de “179 milhões de euros” contidos no PRODERAM que “será decisivo” para o impulso na agricultura regional. A visita pelos expositores teve a particularidade de Miguel Albuquerque ter encontrado a comitiva socialista, liderada por Carlos Pereira, no stand 107, assinalada com um cumprimento quase igual à temperatura que se registava no momento: frio.  (DN/assinantes)


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