quarta-feira, 20 de julho de 2016

José Manuel Coelho dá resposta ao barão do PSD, Miguel de Sousa.


PTP pede direito de resposta ao Diário de Notícias da Madeira a propósito de um artigo de opinião do deputado Miguel de Sousa, o texto estava tão pouco sinalizado que quase escapava aos olhos da nossa redacção.


Veja o pedido de resposta abaixo:


Exmo. Sr.
Venho por este meio solicitar o direito de resposta na qualidade de visado num artigo de opinião que o vosso órgão de comunicação social divulgou no dia 11-07-2016 na página 18 sobre forma de opinião do deputado Miguel de Sousa, ao abrigo da LEI DE IMPRENSA (lei n.2/99 de 13 de Janeiro, secção I , Artigo 24ª, ponto 1).

Texto do direito de resposta
A propaganda política foi a grande arma da primeira metade do século XX. Sem ela, o fascismo, não teria sido possível. Foi assim que Lenin instaurou o estado Soviético que grandes avanços trouxe à Humanidade e que Hitler ascendeu ao poder, com toda a tragédia que se lhe seguiu. Portanto a propaganda é um meio poderoso para o bem e para o mal.

Foi enorme a contribuição de Hitler e Goebbels à propaganda moderna, vejamos o PSD –Madeira, mantém-se desde o 25 de Abril no poder graças à aplicação destas estratégias de “marketing”.

Em Mein Kampf (Minha Luta) livro escrito por Adolf Hitler ficou claro que é possível por meio de uma astuta e repetitiva propaganda, fazer com que as pessoas acreditem que o céu é o inferno e que inferno é o céu. E para tal é preciso distorcer a realidade através da imprensa dominante – manipulando a informação veiculada induzindo a população a formar determinados consensos. Atacando e desconsiderando o adversário.

Ora, é esse o objetivo do PSD Madeira, pela escrita do seu astuto deputado Miguel de Sousa (primo dos Sousas dos Portos, ex-colaborador do Pestana – que graças “à Madeira nova” é hoje um empresário de sucesso) no que diz respeito à minha pessoa e ao Partido Trabalhista, no seu último artigo de opinião.

Não é à toa que conseguiu a proeza de transitar do jardinismo para a renovação e que embora esteja associado ao descalabro do Banif e dos Panama Papers, mesmo dormindo e chegando tarde aos plenários passe incólume aos olhos da opinião pública.

Quantos a nós trabalhistas, muito nos honra ser alvo da língua viperina do deputado Miguel Sousa, significa que vamos no bom caminho e estamos a provocar mossa nas hostes do poder regional.

O deputado e presidente do PTP/Madeira
José Manuel da Mata Vieira Coelho

Artigo de Opinião do deputado Miguel de Sousa que deu

 origem ao pedido de resposta

Ver diário
Deputados com tempo a mais

Na próxima semana o parlamento regional debate o “estado da Região”. Longa reclamação da oposição satisfeita por Miguel Albuquerque. Com a qual concordo mas sem que não conteste o exagerado período disponível para debate. Uma prática regional que, dispensando a obrigação de síntese leva à banalização do discurso.


Durante os previstos 420 minutos (7 horas) os deputados da oposição irão proferir discursos que, de tanto repetidos, nada acrescentará ao conhecimento e contributo construtivo da nossa autonomia.

A curiosidade estará no espectáculo indecoroso que certamente o deputado Coelho estará a preparar para a ocasião. Algo que, mais uma vez, envergonhará a nossa jovem democracia, os seus protagonistas e o povo em geral. Pelos vistos só pai e filha concordam com tão repugnante forma de intervenção política. Outros, lá no partido trabalhista, estarão calados por receio de discordarem e dele serem expulsos. O Partido Socialista deverá pedir desculpas públicas por ter integrado, como deputado na Assembleia Regional, criatura tão vexatória da política na Madeira. Pelos vistos o PS “contratou” esta figura sem nenhuma mínima exigência de decência e ética no seu comportamento como parlamentar. O PS vai ser eleitoralmente castigado por isso. Desta responsabilidade não escapa.

Na Assembleia da República, debate idêntico sobre o estado do País realizado na passada semana, ocupou 217 minutos ( menos de quatro horas ), uma manhã aos deputados. Não se conhecem queixas de falta de tempo por parte da oposição ( PSD e CDS ). No Senado norte-americano, o debate do estado da nação durou, em Janeiro, pouco mais de uma hora. Falou o Presidente Obama no Congresso com televisão nacional e depois, já fora da Sala, fala unicamente o senador líder da oposição para a mesma audiência televisiva. Obama ouve a oposição pela televisão sem direito a debate. Não há reclamação. Aliás, aquando do debate para deliberação sobre a destituição do presidente Clinton, cada senador teve vinte segundos para a sua intervenção política.

Na Assembleia Legislativa da Madeira não há falta de tempo para discurso. O que há é falta de poder de síntese, de vontade de apenas falar sobre o essencial. Com tanto tempo disponível, e com a mania de que um bom discurso tem de ultrapassar o tempo permitido, não admira que se entre no campo da asneira, insensatez, fraca qualidade e nenhuma novidade. É sempre mais do mesmo até o tempo se esgotar.

O parlamento madeirense é dos que realiza mais reuniões plenárias na Europa, a par da Assembleia da República. São recordistas e, com tanta reunião, era natural haver menos tempo por cada intervenção. Os Açores, que reúnem menos de metade das vezes, talvez ali se justificasse um maior tempo para discursarem. Mas isso não acontece.

A Assembleia da Madeira tem maior número de reuniões plenárias e cada um dos deputados da oposição tem mais tempo para falar.

Se os deputados da oposição não convencem o eleitorado não é por falta de tempo e espaço de intervenção no parlamento. É a ausência de conteúdo político de qualidade que leva ao seu desprezo político. E, quando não se tem qualidade, é melhor ser-se rápido e curto. Ao contrário do que exigem e, agora, têm.


Miguel de Sousa, deputado.

Gil Canha também deu a resposta ao artigo de opinião do dito senhor, veja o vídeo abaixo:

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