quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Rita Garcia Pereira defende o pai Garcia Pereira e destroi o "baixote" Arnaldo Matos o falso "educador da classe operária"

Esta deliciosa prosa foi transcrita da sua pagina do Facebook. Nesta carta aberta Rita (filha de Garcia Pereira) acusa Arnaldo Matos de vícios burgueses e de culto da personalidade. A ser verdade o que vem neste manifesto, o camarada Arnaldo Matos tem de se auto-criticar.

Rita Garcia Pereira

CARTA ABERTA A ARNALDO MATOS:
Arnaldo, ou João, ou Espártaco, ou Viriato
(e em aditamento...)
Carlos Paisana ou Paulo
Tu, que me tratavas por filhota, tiveste a ousadia de escrever três textos que puseste o teu tapete, aka Carlos Paisana, a assinar, no qual pretendes que o meu pai escolha entre vocês e a família. (Talvez porque vês o mundo à tua – pequena – semelhança e tudo o que sabes da noção de família desde que a Albertina morreu é o que tens: uma filha doente e outro com quem não falas).
Tu, que te arvoras num grande exemplo, aliás no único exemplo, és aquele que, em pleno restaurante do aeroporto da Madeira, te recusaste a aceitar um guardanapo de papel e gritaste ao empregado: “isso nem me serve para limpar o cú”. Grande Educador, Arnaldo. Grande protector da classe operária.
Tu, que te arvoras num grande exemplo, aliás no único exemplo, és aquele que maltratas sistematicamente os trabalhadores que, contigo, se cruzam, por exemplo no Aeroporto do Funchal, quando se vêem obrigados a explicar-te que és um passageiro como os outros. Grande Educador, Arnaldo. Grande protector da classe operária.
Tu, que te reclamas o direito de por e dispor de um partido, és aquele que ficaste anos fechado em casa, à espera que te levassem os cigarros e os jornais. E eu sei. Sabes porquê? Porque, aos domingos, tinha de esperar dentro do carro do meu pai que acabasse a sessão de beija mão para ir, finalmente, buscar os meus irmãos.
Tu, que afirmas que eu não sou militante, (mas, na realidade, dei ao partido horas, dinheiro e contactos, mais do que alguma vez darás, sendo que, seguramente, nunca pensei vir a receber um tostão, ao contrário de ti...) não esperes uma carta sobre o PCTP-MRPP. Não é disso que quero tratar contigo. Esse partido nunca foi meu, de facto. Foi-me imposto quando o abandonaste e acabei por me afeiçoar a ele. Sim, afeiçoar, sentimento que te deve ser estranho, incapaz que és de perceber o melhor da natureza humana.
Contigo, o meu assunto é pessoal. E é pessoal porque, no limite, o que tu invocas é querer o bem das pessoas e, contudo, nunca paraste de lhes fazer mal. Incluindo, agora, ao meu pai (mas, ao contrário do que pretendias, não a mim; sabes porquê? Porque eu te conheço muito melhor do que poderias pensar...). Contigo, o meu assunto é pessoal porque me estou nas tintas se tomas ou não de assalto um partido que abandonaste (estarei, contudo, bastante interessada em saber que farás se ficares sem subvenção e deixares de conseguir pagar daí as deslocações e os hotéis, nada proletários, onde ficas...).
O que te quero dizer, Arnaldo, é que, do ponto de vista humano, és uma fraude ainda maior do que do ponto de vista político. És um homem pequenino, muito mais pequeno do que a tua fraca figura. Um homem que, esgotado que esteve no período de reflexão de anos, teve necessidade de esclarecer quase tudo sobre a profissão com o meu pai. Achas que não me lembro? Puro engano, Arnaldo. Eu lembro-me de tudo. Um tipo que tem uma secretária, paga pelo partido, a recibos verdes no seu escritório. Um tipo que quer um motorista e um ordenado. E ousa comparar o meu pai ao Belmiro de Azevedo. Queres falar dos almocinhos no Gambrinus, Arnaldo? Grande educador, Arnaldo. Grande protector da classe operária.
E é exactamente esse o teu problema comigo. Queres calar-me, Arnaldo? Queres por o meu pai contra mim porque não consegues perceber que penso pela minha cabeça? Estás, uma vez mais, errado. Isso não me vai calar. Não me impede de dizer as verdades. Aquelas verdades que não gostas de ler porque demonstram a fraude que és.
Lancei-te um desafio para vires debater comigo as atoardas que lançaste. Em vez disso, optaste por o tapete a subscrever três textos feitos por ti, um dos quais a tender para o ordinarote (provavelmente porque já nem reúnes as condições para conseguires ser ordinário a sério...) Agora, diz-me, que nome tem essa atitude de fuga? Nem a porcaria de um texto consegues assinar? Não te basta esconderes-te sob pseudónimos, agora também tens de por outros a assinar? E, diz-me, qual foi concretamente o insulto que afirmas ter-te dirigido? Por acaso, achas que não consigo provar o que digo, Arnaldo? Acreditas mesmo que eu caia nessa? Coitado.
Em resposta, ganhei três textos de puro ódio, estertores de pura misoginia, no qual pões o teu tapete a referir-se a mim como alguém que se masturba nas redes sociais. Não fosse a tua idade e eu tenderia a dizer que tu é que o fazes, todos os dias e sob nomes diversos, no site do Luta Popular. Quando, por exemplo, te elogias a ti próprio, assinando sob outro nome, já que queres pretendes ir por esse caminho, não te estás a masturbar no órgão que te vai restando?
E, não contente com a tua própria espiral, incentivas as denúncias, os insultos, no mesmo espaço onde falas de “bufos”. Tão irónico, Arnaldo. Pedes para te imprimirem o que escrevemos no face e lês tudo, no mesmo transe que pões o Paisana a assinar as tuas respostas. Magnífico, Arnaldo. Pensas que não percebo? Pensas que não percebo que metes os esbirros a ler-nos e lhes dá as respostas? Pensas que não me sirvo deles na exacta medida que o fazes?
Achas que tenho medo? Pobre coitado. Não tenho medo algum de ti nem dos teus lacaios. E não me deixo condicionar. Nunca. Aprende (e já era tempo de conseguires aprender alguma coisa...) que existem pessoas assim e que nem todos são burros, como aqueles que escolhes (também...) para ofenderes.
E achas que me calas, ainda que conseguisses condicionar o meu pai? Não, Arnaldo. Se houve alguém que, por motivos que desconheço, ainda me tentou travar foi, justamente, o meu pai. E conseguiu-o, sabes? Até ao momento em que, tal escorpião, o voltaste a morder. É mais forte que tu, Arnaldo. E foi mais forte que eu (mas não que o meu pai, que é um Senhor, coisa para a qual foste educado, na tua tão pouco burguesa casa em Santa Cruz, mas que nunca conseguiste ser...).
A única coisa boa que a tua espiral de loucura teve foi que vou deixar de ter de tolerar a tua constante má criação (e aturar-te no Natal e no fim-de-ano, essas festas tão pouco comunistas, nas quais me eras imposto porque não tinhas mais ninguém). Essa mesma, a que diriges àqueles que supostamente queres defender. Não tenho de tolerar mais os “filhos da puta”, os “cabrões”, a “merda” e outros que tais que diriges às pessoas que te servem, os tais que supostamente defendes. Grande Educador, Arnaldo. Grande protector, Arnaldo. Ficas é pelos discursos porque, no mais, és pior do que aqueles que criticas.
(E, finalmente, Carlos Paisana, tu que não tens sequer dignidade para ter um parágrafo próprio e não vales a tinta em que a nova escrava, contratada e paga pelo MRPP a recibos verdes, para que conste, imprimirá estas linhas para levar a ler a Sua Exa; tu que não gostas de mim porque, um dia, apareceste no meu escritório de surpresa e te achaste no direito de eu interromper as reuniões que tinha agendadas para ouvir o que de irrelevante tinhas para me dizer; tu que estás condenado às funções de estenografo, de motorista e de ir a casamentos sem convite, como sucedeu com o do meu irmão: não vales nada. Nunca valeste nada. Pensas que te vou tentar bater, como sucedeu com o teu grande líder? Enganas-te. Não mereces sequer o contacto físico. Mereces, contudo, cada um dos insultos que ouves no quotidiano, enquanto serves de tapete, de escravo, de condutor, de servidor de cafés. Para ti: ficar como estás é suficiente. Só não te esqueças que há quem não se acobarde aos insultos e não chore como uma criança, como é o teu timbre. Eu não choro, não me acobardo e não vergo. E, para que conste, ainda ando a tentar resolver as belas merdas que fizeste quando te arrogavas de advogado. Pobre diabo.)
No mais, Arnaldo, não tenciono dar-te mais publicidade mas não tolerarei mais agressões.
Sabes uma coisa? Dois números abaixo da sede já ninguém sabe quem vocês são.
O tempo dirá quem tinha razão e se os fins que dizes ter (bem diversos, note-se, dos que acho que são os teus) justificaram os meios ínvios a que recorreste. Só espero que vivamos o suficiente para seres confrontado com os resultados. Porque eu cá estarei à tua espera.
Passar bem.
Rita Garcia Pereira

Sandra Vinagre mulher de Garcia Pereira, acusou Arnaldo Matos de fazer "ataques baixos"

Aqui ao centro, Arnaldo Matos apelidado de "pequenino de baixa estatura" por Rita Garcia Pereira

Arnaldo Matos usando o pseudónimo de "Espartaco" critica implacalvelmente Garcia Pereira

O Liquidacionismo É o Abandono e Expulsão dos Operários
Como frisei no meu último artigo sobre Revisionismo e Liquidacionismo, é inevitável que, em épocas de revolução, como sucedeu nos anos 74/75 do século passado, se juntem ao partido comunista operário, como era o nosso Partido, companheiros de viagem pequeno--burgueses, muito pouco capazes de assimilar a teoria e a táctica proletárias e ainda mais incapazes de manterem o sangue frio no momento de refluxo revolucionário, como foi aquele que atravessámos, sobretudo nos últimos quatro anos, de contra-ataque da burguesia e do imperialismo.
Alguns desses elementos pequeno-burgueses reaccionários abandonaram o partido, mas alguns outros – e não poucos – continuaram nas nossas fileiras, liquidando a nossa organização, deturpando a nossa teoria revolucionária, rejeitando a nossa ideologia proletária e sabotando sistematicamente a nossa estratégia e táctica políticas.
De qualquer modo, não se julgue que a corrente liquidacionista existe apenas dentro do Partido. Existe também e simultaneamente, com a mesma natureza de classe, o mesmo espírito e os mesmos métodos contra-revolucionários, no seio da classe operária.
Daí a importância da nossa luta actual, destinada a isolar e liquidar o liquidacionismo dentro do Partido e no seio do movimento operário revolucionário.
Uma das características – das determinações, como diriam Marx, Engels e Lenine – da corrente liquidacionista e da conduta dos liquidacionistas é o seu desprezo pelos operários, o abandono das suas lutas, o afastamento compulsivo dos proletários do seu Partido e das suas organizações de classe.
Nos últimos vinte e cinco anos, os liquidacionistas, usando argumentos de toda a ordem mas todos eles reaccionários, escorraçaram praticamente todos os operários que constituíam a base e a estrutura do Partido.
O Partido ficou sem uma única célula e sem um único comité de operários nas fábricas, empresas e bairros de proletários em todo o país. O Partido ficou sem nenhum operário à frente dos distritos do continente e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Depois de sucessivas e contínuas limpezas gerais levadas a cabo pela direcção capitulacionista bicéfala de Conceição Franco e Garcia Pereira, o comité central do Partido ficou apenas com dois operários, um dos quais o próprio Conceição Franco.
Todo o Partido, incluindo o seu comité central, ficou em mãos de pequeno-burgueses, companheiros de viagem que, muito embora o não dissessem abertamente, manifestamente entendiam que um partido proletário não tinha qualquer justificação numa sociedade democrática burguesa pós-fascista.
Os liquidacionistas começaram pois por liquidar a base e a estrutura operária do partido do proletariado.
A corrente liquidacionista de Conceição Franco e Garcia Pereira acabou por contaminar alguns dos próprios operários que militavam no Partido, como é o caso do mesmo Conceição Franco, um operário inculto e burocrata que entregou o seu direito de primogenitura ao papagaio parlante Garcia Pereira, um anticomunista primário que nunca abriu – e muito menos, leu – um único livro de Marx, de Engels ou de Lenine.
A expulsão sistemática dos operários do seu próprio Partido, sem confronto de ideias e sem conhecimento de razões pelos restantes militantes e pela classe dos proletários, foi sempre acompanhada da política da porta fechada ao recrutamento e ao ingresso de novos militantes operários no Partido e respectivas organizações.
Dentro em breve, não havia um único comunista no comité central e eram escassíssimos os comunistas que ainda sobravam no Partido. O PCTP/MRPP não aderiu ao Bloco autoproclamado de esquerda, mas ficou igual a ele: um partido pequeno-burguês, sem ideologia comunista – aliás, sem ideologia – e sem suporte operário.
As consequências da tomada do Partido pela corrente liquidacionista de Conceição Franco e Garcia Pereira em parceria, foram o abandono do movimento operário revolucionário e o desaparecimento da propaganda, da agitação e da organização marxistas-leninistas nas fábricas, nas empresas e nos bairros operários.
Quando, em oposição directa à linha liquidacionista dominante no comité central e no Partido, decidi fundar o Luta Popular Online como órgão central do PCTP/MRPP, com vista a retomar a linha geral revolucionária nos domínios da propaganda, da agitação e da organização junto do proletariado e do movimento operário, o primeiro e principal problema era encontrar no Partido um director e uma redacção para o jornal, assunto que ainda hoje não se acha satisfatoriamente resolvido.
Mas, mesmo assim, fui batalhando, praticamente sozinho, escrevendo o que podia e conforme podia, mas sem o apoio convicto e entusiasta de um director e de uma redacção de comunistas, para impor uma vitória naquela luta.
De qualquer modo, foi no Luta Popular Online que se retomou junto do proletariado português uma linha comunista marxista-leninista de propaganda, agitação e organização que tinha sido liquidada pelo grupo liquidacionista Conceição Franco/Garcia Pereira, desde que esta dupla açambarcou a direcção do Partido, à saída do Congresso de 2005.
Voltámos assim a aparecer, com enorme apoio do proletariado, junto dos mineiros da Panasqueira, junto dos milhares de operários das obras da barragem da foz do Tua, junto dos trabalhadores da TAP e dos transportes urbanos da grande Lisboa e do grande Porto, junto dos pescadores por todo o país, e procurámos, com sucesso, influenciar e, por vezes, dirigir as suas lutas.
Mostrou-se que era possível voltar a ganhar o Partido para a classe operária e para o seu movimento proletário revolucionário. Mas muito mais se teria feito, se tivéssemos conseguido pôr de pé, na elaboração no jornal, uma redacção e um director verdadeiramente comunistas.
Problema este que é essencial e que não está ainda resolvido, sobretudo quando, na luta dura que se travou à volta da celebração dos quarenta anos da fundação do Partido, em 18 de Setembro passado, a direcção e a redacção do jornal passaram a alinhar, de armas e bagagens, com a corrente liquidacionista de Conceição Franco e de Garcia Pereira, até serem suspensos em 5 de Outubro, no dia seguinte ao do sufrágio eleitoral para a Assembleia da República.
Como podem ver os camaradas que me estão a ler, derrotar traidores como Garcia Pereira e as suas catatuas é fácil; difícil difícil é liquidar a corrente liquidacionista no seio do Partido e do movimento operário revolucionário.
É para essa tarefa que conclamo o apoio de todos os camaradas comunistas. Os liquidacionistas abandonaram os operários e o movimento operário; o que eu vos peço e aquilo para que vos chamo é para voltarem a ganhar a confiança dos operários, para se juntarem aos operários não como papagaios arrogantes ou como ressequidas meninas de Odivelas, mas como revolucionários comunistas, modestos, sinceros e dedicados, e abram, de par em par, as portas do nosso Partido aos operários. Verdadeiramente, o nosso Partido não é nosso: é da classe dos proletários.
Venceremos!
02.12.2015
Espártaco (ver AQUI)

Sem comentários:

Enviar um comentário