quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

« O povo pagou. Alguém está cheio e ninguém vai preso diz o povo» escreve Dírio Ramos

BANIF - UM NOVO BPN, Janeiro de 2013

Com este título foi publicado uma nota do gabinete de imprensa do PCP a 5 de Janeiro de 2013, que transcrevo parcialmente. «É inaceitável que precisamente no momento em que é promulgado o Orçamento de 2013 (…) que contempla um brutal aumento de impostos, com o argumento de que o País precisa reduzir o défice das contas públicas através da redução da despesa do Estado, o Governo negoceie com a administração do BANIF uma operação financeira de recapitalização do banco com dinheiros públicos».Enfatizava essa nota «que se tratava de um autêntico brinde de Natal oferecido em bandeja de ouro aos accionistas do BANIF, os mesmos que durante anos sacaram centenas de milhões de euros de lucro do banco». Embora Jerónimo não seja economista, o colectivo do PCP dizia que só na primeira década do novo milénio este banco teve lucros líquidos de 508,4 milhões de euros e entregou aos seus accionistas dividendos de 216 milhões de euros ( 41% do total de lucros) o que é muito dinheiro para um banco da dimensão do BANIF.Em Janeiro de 2013, o valor da cotação do banco era de apenas 83 milhões, mas o Estado decidiu injectar 13,3 vezes esse valor. O banco que depois de ter encerrado 17 balcões em 2011 e despedido mais de 120 trabalhadores, anunciava em 2013, encerrar mais 50 balcões com o despedimento de mais 160 trabalhadores.Passaram 3 anos. O BANIF lançou no mercado milhões de acções a preço baixo, que levou alguns ingénuos acreditaram que com aquele valor iriam ver os seus rendimentos aumentarem… As poupanças nessas acções foram transformadas em perdas enormes!A táctica política foi brilhante, e Portugal teve uma saída «limpa» da Troika. Os cidadãos, agora conhecidos como contribuintes, terão os seus bolsos mais limpos, com as tais perdas de cerca de 4 mil milhões de euros, ou seja o equivalente ao custo de 18 novos Hospitais como o que a Madeira precisa!.O dinheiro voou. O povo pagou. Alguém está cheio e ninguém vai preso diz o povo, como aconteceu na Islândia terra com uma população semelhante á da Madeira onde 26 banqueiros foram condenados.Em Portugal brincar com o dinheiro público não é escandaloso, é um «desporto» nacional, premiado com medalha de ouro e comenda presidencial.(dnoticias.pt)

As proféticas afirmações de Carlos 

Carvalhas, sobre a moeda única:

"«A moeda única é um projecto ao serviço de um directório de grandes potências e de consolidação do poder das grandes transnacionais, na guerra com as economias americanas e asiáticas, por uma nova divisão internacional do trabalho e pela partilha dos mercados mundiais.
A moeda única é um projecto político que conduzirá a choques e a pressões a favor da construção de uma Europa federal, ao congelamento de salários, à liquidação de direitos, ao desmantelamento da segurança social e à desresponsabilização crescente das funções sociais do Estado.»
O empresário «venezuelano» Anacleto Teixeira fala de novo projecto comercial à RTP/Madeira. Tem sido o financiador das campanhas de Miguel Albuquerque.
Aprender com o sábio Carlos Carvalhas:


O economista Carlos Carvalhas em interessante debate com a jornalista dos partidos da burguesia Fátima Campos Ferreira


A austeridade é eufemismo para a enriquecer a minoria empobrecendo a maioria (para a concentração de riqueza)


"não há solução sem crescimento económico" Os governos da direita estão a querer resolver o problema da dívida da banca à custa dos contribuintes.


Importante mensagem de Carlos Carvalhas:

Os banqueiros e os capitalistas falam em desregulamentação apresentando a necessidade de apresentar reformas. Reformas são sempre perda de direitos para os trabalhadores.

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