sexta-feira, 24 de julho de 2015

Artigo de opinião de Raquel Coelho

Modus operandi da Justiça

«Quando o destino dos democratas e autonomistas da nossa terra que lutam contra a corrupção é ir viver para debaixo da ponte, há que refletir no tipo de democracia que temos e que caminho queremos traçar para a nossa sociedade.Quando em pleno século XXI, os tribunais assumem o papel repressor da PIDE a fim de dissuadir os ativistas políticos anti-regime, ora os democratas passam à clandestinidade como no tempo do Salazar ou acabam por ser triturados pela máquina da burguesia dominante. E hoje não precisam prender nem bater, há uma forma mais refinada e que passa despercebida ao cidadão comum – as penhoras de bens –, em consequência dos inúmeros processos judiciais colocados, neste caso, pela nomenclatura do PSD.Os democratas, no que depender da justiça aqui na Madeira, tirando um ou outro caso honroso, hão de ficar só com a roupa do corpo e entregar tudo o que têm, aos prevaricadores. Pelo andar da carruagem, nem um deputado pode denunciar a corrupção e fiscalizar o governo, sem isso ser considerado insinuação e por sua vez, difamação.Da forma que o sistema está montando os Madeirenses e Porto-Santenses além de serem roubados ainda têm de estar calados.É, portanto, este modus operandi a explicação do porquê do PSD estar há quarenta anos no poder! Mesmo após terem feito uma divida colossal de seis mil milhões de euros.Até porque a nossa luta é demasiado árdua e espinhosa para que as entidades judiciais nos possam acompanhar e é sem dúvida mais fácil ceder ao sistema, do que remar contra ele.» 

Publicado esta semana no semanário Tribuna da Madeira

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