quarta-feira, 17 de junho de 2015

As revoluções não se dão quando os revolucionários querem afirmou Luíz Carlos Prestes

Se considerarmos o clássico debate em torno das condições objetivas e subjetivas da revolução, vale a pena recordar a intervenção de Luiz Carlos Prestes nos marcos da “Conferência sobre a Dívida Externa” organizada pelo governo de Fidel Castro em Havana, em julho/agosto de 1985. Nessa ocasião Prestes afirmava:


«A revolução não pode se realizar quando se quer. Ela só poderá eclodir e ser vitoriosa quando existam as condições objetivas e subjetivas para tanto indispensáveis. E tudo indica que em nosso Continente, se crescem cada vez mais as condições objetivas, as subjetivas ainda se retardam. Estamos longe também da indispensável organização e unidade da maioria esmagadora da classe operária, faltam-nos ainda partidos revolucionários efetivamente ligados às grandes massas trabalhadoras e populares». (ver Diário Info)

Pelo contrário, um movimento espontâneo pode ser manipulado e direcionado por líderes com perfil de direita ou até mesmo fascista, como o demonstra a experiência histórica brasileira e mundial. Multidões convocadas a sair às ruas, inclusive através das redes sociais, sem organização e objetivos definidos, sem lideranças que as orientem rumo à formação de forças sociais e políticas empenhadas na transformação radical da sociedade, não terão condições de contribuir de maneira efetiva para o avanço dos movimentos populares, para a conquista de suas demandas e a realização das expectativas almejadas por amplos setores da população.

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