domingo, 16 de novembro de 2014

A "mudança" afinal é um PS com vários partidos debaixo do braço. Os funchalenses foram enganados.

A propósito é bom ler a carta do leitor de Dionísio Andrade publicada no Diário de Notícias do Funchal de hoje

Diário de Notícias


O Bordel Rosa

Antigamente, havia “madames” do Funchal que iam pelas freguesias rurais angariar raparigas, de preferência bonitas e jeitosas para trabalhar supostamente como empregadas domésticas em casas de gente rica e de boas famílias. As “madames” prometiam mundos e fundos às pobres raparigas: um bom salário, alimentação farta e uma boa cama. As raparigas, como provinham de famílias numerosas e pobres, sofrendo as maiores das misérias, viam nesta saída do campo para a cidade uma oportunidade para melhorarem as suas condições de vida. Quando as ingénuas raparigas avistavam pela primeira vez a baía do Funchal e a sua cosmopolita cidade, julgavam que estavam a chegar ao paraíso. Contudo, depressa descobriam que tinham acabado de chegar ao inferno, e que a tal luz ao fundo do túnel, era afinal uma casa de lanterna vermelha.  As pobres moças eram metidas em vários bordéis que existiam no Funchal, para delícia dos aburguesados clientes, que aguardavam gulosos por novidades de fruta fresca e campestre.

Quando a notícia chegava à freguesia, de que afinal a rapariga trabalhava numa “casa de meninas” e não na casa de uma família honrada e séria, a sua reputação ia por água abaixo, e nem a família à queria de volta nem os rapazes da freguesia à queriam para casar. E as pobres moças, sós e desamparadas, descobriam horrorizadas que tinham caído numa engenhosa armadilha, difícil de escapar.
E este exemplo bem se pode aplicar à recente coligação “Mudança”. Uma “Madame rosa”, muito matreira e de falinhas mansas convidou os pequenos partidos para trabalharem com as suas gentes numa grande mansão, que era a Câmara Municipal do Funchal. Com o tempo, os pequenos partidos começaram a se aperceber que afinal o trabalho que lhes propuseram fazer não era sério nem honrado, e que tinham que se prostituir. Rapidamente, alguns descobriram o embuste, ganharam coragem e abandonaram “a mansão”, outros, sem saída ou por vergonha lá continuam a trabalhar, dando o corpo ao manifesto para enriquecimento e prestígio da “Madame Rosa”.
 Um recente suplemento dos Xocialistas, publicado no Diário, com o título “Mudança”, (nome abusivamente apropriado pela Madame Rosa) entrevista uma moçoila de campo que se transformou vaidosamente numa “Maria Machadão” da tal “Mansão”, e que sem vergonha nem rodeios, assume que trabalha para a prosperidade do “Bordel Rosa”. No entanto, a dona do Bordel Rosa continua a sua saga em convidar mais meninas ingénuas e humildes para mais uma nova aventura, agora para uma “Mansão” muito maior. Só que a má reputação da Madame Rosa já chegou a todo o lado, e não há família honesta, humilde e temente a Deus que queira entregar as suas filhas nas mãos da nossa rameira, pois todos sabem o fim que lhes espera.
É de supor que a angariação de novas meninas para o Bordel Rosa vai ser cada vez mais difícil, e a nossa Madame, ou arranja meninas do seu meio para trabalhar, ou então vai ter que escolher outra vida.
Emanuel Bento antes de apoiar o sr. Cafôfo, escreveu no jornal satírico o "Garajau" com o pseudónimo de "Bruna dos Prazeres". Bento tornou-se funcionário do PS por necessidades económicas e virou as costas à luta contra o jardinismo.

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