segunda-feira, 11 de agosto de 2014

1ª ENTREVISTA DE RAQUEL COELHO AO DIÁRIO DE NOTÍCIAS DO FUNCHAL

Desemprego e questões económicas preocupam a mais jovem candidata

Por influência do pai e por gostar de Economia e Gestão, Raquel Coelho está atenta aos temas da actualidade

Bem intencionada, Raquel ofereceu-se como voluntária para a SPAD. Nunca a chamaram.

Raquel Coelho tem apenas 18 anos e figura num lugar efectivo da lista do Partido da Nova Democracia (PND) que concorre às eleições regionais. Bem merece o lugar, porque é um caso raro dos jovens com participação cívica e interesse no futuro da sociedade. A par de hábitos comuns aos seus colegas (conversas no MSN, jogos de computador, leitura, saídas à noite, praia e convívio com os amigos), a rapariga de Santa Cruz segue com alguma atenção os últimos acontecimentos políticos e económicos.
Dois motivos podem explicar este despertar precoce para temas de gente crescida. Raquel é filha de José Coelho, um conhecido ‘democrata de Gaula’, que também concorre na lista do PND. ‘Na nossa casa respira-se política. Ele (o pai) respira e de certa forma somos todos influenciados’, descreve a mais jovem dos 658 candidatos envolvidos nestas eleições. Por outro lado, Raquel Coelho tem ‘queda’ para a Economia e Gestão. Está a concluir o 12.º ano na Escola Francisco Franco, com média superior a 14. Se tudo correr bem, no final do Verão vai concorrer a um curso universitário, nas áreas citadas.
Esta estudante/candidata (há mais 31 nesta dupla condição nas listas partidárias) revela-se muito atenta à situação económica da Região e do país. Sabe, por exemplo, que Portugal está obrigado pela UE a cumprir um défice orçamental de 3% do Produto Interno Bruto e que o Governo da República cortou 34 milhões à Madeira. O desemprego é outro problema que a preocupa. ‘Se não me engano, atingimos a maior taxa de desemprego dos últimos 25 anos. Se nada for feito, receio que os jovens só tenham como alternativa a emigração’, alerta Raquel Coelho. Logo de seguida, faz campanha por uma causa do seu partido: ‘O PND é que tem razão, ao defender medidas para captar investimentos de empresas nacionais e estrangeiras para a Madeira. Temos o porto mais caro da Europa. Como é que queremos que as empresas venham para cá nestas condições? Por isso é que temos os parques empresariais vazios’.
Bem intencionada, como todos os jovens, a candidata do PND interessa-se por causas sociais. É ainda defensora dos direitos dos animais. Por isso, há quatro anos optou pelo vegetarianismo. ‘Também já me inscrevi para fazer trabalho voluntário na SPAD (Sociedade Protectora dos Animais Domésticos) mas eles nunca me chamaram…’, lamenta.
Se tudo correr bem, a 6 de Maio vai estrear o cartão de eleitor. Em Fevereiro, aquando do referendo sobre a despenalização do aborto, até se levantou mais cedo para ir exercer o dever cívico, mas quando chegou à mesa de voto soube que o seu nome ainda não estava lançado nos cadernos eleitorais. Foi menos um voto pela despenalização: ‘Não sou a favor do aborto, mas sou pela despenalização. Se a mulher vai interromper na mesma a gravidez, então é melhor que o faça em condições de higiene e saúde’. Raquel Coelho reconhece que a maioria dos seus colegas está ‘noutra onda’ e não liga às eleições. Alguns estão à espera que ‘as coisas lhes caiam do céu, sem trabalho’. Há outros que não têm ‘aquele bichinho da política’. como ela tem. (Dn/assinantes)

Ver o que Calisto diz desta foto no seu blog (FENIX)
fonte:DN/Lisboa de hoje



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