domingo, 20 de julho de 2014

“Política de Alberto João é betão e alcatrão”

José Manuel Coelho diz não entender as prioridades do Governo e de continuar a sustentar o lóbi da construção civil.

“A política do PPD e do dr. Alberto João é sempre a mesma: é betão e alcatrão”. A afirmação partiu do deputado do Partido Trabalhista Português (PTP) no hemiciclo madeirense depois de ter visitado alguns “doentes conhecidos” no Hospital dos Marmeleiros e de ter falado com os familiares destes. A continuar a “política de favorecimento aos amigos a Madeira nunca terá um sistema de saúde que beneficie em igualdade de circunstâncias”, manifestou esta tarde, aos jornalistas, dizendo igualmente que as reclamações incidem sobre as faltas nos hospitais.

Daí que José Manuel Coelho não perdeu tempo em criticar o SESARAM justamente por “não ter dinheiro para comprar medicamentos ou dar sequência aos tratamentos tidos, alegadamente, por mais convenientes”, acusou a gestão do serviço regional de saúde, recordando o “passivo na ordem dos 600 milhões de euros” e por manifestar que as prioridades do Governo não passam pelo sector da saúde, denunciou(DNOTICIAS.PT)

Coelho de visita aos doentes no hospital dos Marmeleiros, exige que o governo dê prioridade à saúde.

Recordando a grande acordeonista portuguesa Eugénia Lima

Consta que o velho Ford um dia irritado com as reivindicações dos seus trabalhadores ameaçou que os despediria e os substituiria por máquinas.


Um sindicalista não resistiu e respondeu: – o senhor vai então ter outro problema para resolver que é descobrir como vai vender os seus carros às máquinas.

Verdade ou não, o facto é que Henry Ford defendia que os seus trabalhadores deveriam ganhar o suficiente para poder comprar os carros que ele próprio vendia.

Chegados à década de 80 um actor de 2.ª categoria, Ronald Reagan, a Sra. Thatcher e o seu inestimável mentor, o economista liberal Friedmam descobriram o ovo de colombo – «não era preciso continuar a pagar aos trabalhadores o suficiente para consumirem, bastava pagar-lhes o necessário para que estes pagassem as prestações do que iriam passar a consumir a crédito».

A massificação do crédito permitia por um lado comprimir mais facilmente os salários e por outro desviar uma parte desses mesmos salários para o sacrossanto império do capital financeiro, que através dos juros dos empréstimos abocanhava uma generosa fatia desses salários.

Trinta anos volvidos o resultado está à vista – gigantescas dívidas públicas e privadas impossíveis de pagar.

Diria o bom senso que se arrepiasse caminho. Mas não, tratou-se a doença com o veneno que a provocou. Anda-se perigosamente a apagar o fogo com gasolina.

Manteve-se a política do laissez-faire, laisse-passer, ou seja a ausência de regulamentação do sector bancário.

O argumento invocado para privatizar tudo e mais alguma coisa foi sempre o de que o Estado era mau gestor e de que as gestões privadas eram mais eficazes.

As virtuosas gestões privadas estão aí – BPP, BPN, BCP, BANIF e, agora BES.

 O BES conseguiu num só dia fazer pior ao País do que todas as decisões tomadas pelo Tribunal Constitucional durante estes três anos que, apesar de todos os papões agitados pelo Sr. Primeiro-Ministro, até ajudaram a economia.

Há alguns meses Durão Barroso disse sobre uma decisão do Tribunal Constitucional que tínhamos o caldo entornado. Enganou-se na altura, agora é que «a nata da aristocracia financeira portuguesa» entornou mesmo o caldo. (ver)

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